quinta-feira, 17 de maio de 2007

Fotos tiradas no laboratório de anatomia da Fazu



































quarta-feira, 18 de abril de 2007

Movimentos

Articulações Sinoviais
Embora muitos movimentos articulares apareçam complexos, eles sempre podem ser transformados em componentes simples. Além disto, muitas atividades são resultado do movimento coordenado de diversas articulações vizinhas; o número de mudanças pode ser considerável quando o movimento em cada articulação individual é moderado.
O tipo mais simples de movimento é descrito como translação. Em sua forma pura, a translação consiste em uma superfície achatada deslizando sobre uma outra enquanto os corpos aos quais as superfícies pertencem mantêm sua orientação original. Provavelmente, movimentos translatórios verdadeiros nunca ocorrem porque os pré-requisitos são superfícies perfeitamente achatadas e ausência de giro. Entretanto, é descrita uma classe de articulação (articulação plana) na qual o movimento é supostamente deste tipo. Essas articulações apresentam pequenas superfícies articulares que parecem planas à primeira vista; na verdade, as superfícies articulares são sempre curvas. Todos os outros movimentos envolvem mudança angular. Em alguns, o osso móvel rotaciona (gira) em torno de um eixo perpendicular a sua superfície articular, um movimento descrito como rotação. A rotação sempre pode ser inversa e, portanto, é necessário especificar sua direção. De acordo com a convenção, uma rotação interna do membro conduz a superfície cranial medialmente; já uma rotação externa conduz tal superfície lateralmente.
Outros movimentos envolvem o osso móvel oscilando sobre um eixo paralelo a sua superfície articular em um movimento pendular ou giratório; isto representa uma espécie de corrediça entre as superfícies curvas e pode ser descrito como uma oscilação. A maioria das oscilações é acompanhada por uma certa rotação, embora isto muitas vezes passe despercebido.
Movimentos pendulares em planos sagitais predominam nas articulações dos membros e são conhecidos como flexão e extensão. A flexão reduz o ângulo entre os dois segmentos do membro. O movimento oposto de extensão abre o ângulo e traz os dois segmentos mais próximos ao alinhamento. Todavia, o movimento em algumas articulações varia desde uma posição flexionada até extensão completa (180 graus) a uma segunda posição fletida no outro extremo. A articulação do boleto do eqüino é um bom exemplo de articulação com tal amplitude de movimento. Em tais casos, as duas posições terminais podem distinguir-se como hiperextensão (ou flexão dorsal), a postura do animal em repouso em estação, e flexão (palmar), a postura quando a pata se encontra passivelmente elevada.
Adução e abdução são movimentos pendulares em planos transversos. A adução conduz a parte móvel no sentido do plano mediano e a abdução a conduz para mais longe deste plano. Quando aplicadas aos dígitos, a adução e a abdução descrevem o movimento com referência ao eixo do membro e indicam a convergência ou a expansão dos dígitos, respectivamente.
A combinação de flexão e extensão, adução e abdução possibilita o traçado de um círculo ou uma elipse pela extremidade do membro, um movimento conhecido como circundução.
São impostas certas limitações aos movimentos articulares. Existem diversos fatores potencialmente limitantes e não é fácil determinar sua importância relativa. O formato das superfícies articulares é obviamente relevante. Um grau de incongruência é necessário para manter uma espécie de calço de sinóvia lubrificante entre as superfícies. O calço fica reduzido quando o raio da curvatura da superfície convexa aumenta em direção a sua margem para aproximar-se ao raio da curvatura da superfície côncava oposta. As superfícies, assim, tornam-se congruentes na posição terminal hermeticamente compacta e um movimento adicional fica impedido por serem comprimidas em conjunto.
A tensão nos ligamentos extracapsulares certamente pode deter o movimento, embora seja incerto se este método de trava é necessário ou não nas circunstâncias normais. Alguns ligamentos parecem ficar moderadamente esticados em toda a extensão normal do movimento, ao passo que outros estão folgados e tornam-se esticados apenas quando o movimento se arrisca a ir além do limite normal.

Fonte: Tratado de Anatomia Veterinaria

terça-feira, 17 de abril de 2007

Curiosidades - Artroscopia

VOCÊ SABIA ?!
A artroscopia é o exame visual de uma articulação empregando-se uma pequena fibra ótica, o artroscópio. Líquido é injetado na articulação para distendê-la e permitir a visibilização das estruturas. A intervenção é vista no monitor, permitindo assim a observação .
A primeira tentativa de observação endoscópica de uma articulação foi feita em 1918 por Takagi (Takagi, 1933). Outros estudos foram realizados (Bircher, 1922; Burman et al, 1934; Watanabe et al 1979). O aperfeiçoamento dos aparelhos e fabricação de fibras óticas de pequeno calibre possibilitaram a artroscopia em cães (Knezevic e Wruhs, 1977; Siemering, 1978).
A artroscopia promove maior área de visibilização, iluminação e aumento das estruturas (Sams, 2000), permitindo visão detalhada da articulação, com trauma tecidual mínimo, mínima morbidade e informações que não podem ser obtidas com os exames clínicos e radiográficos mais comumente empregados em veterinária (Siemering, 1978; Kiwumbi e Bennett, 1981; Person, 1985; Van Ryssen e Von Bree, 1998). A recuperação do paciente é mais rápida, tem-se menor cicatriz e melhor efeito cosmético, é possível o procedimento bilateral e permite o diagnóstico precoce de processos articulares degenerativos (Person, 1989; Van Ryssen et al, 1993; Van Ryssen e Van Bree; 1998 Sams; 2000).
A artroscopia no cão foi relatada no fim da década de 70 (Siemering, 1978). Seguiram-se outros trabalhos (Kiwumbi e Bennett, 1981; Siemering e Eilert, 1986; Person, 1986; Goring, 1987; Person, 1989; Van Gestel, 1985a; Viguier, 1992; Sams, 2000; Melo et al., 2003; Arias et al., 2003), com aprimoramento da técnica e avaliação de outras articulações além da fêmoro-tibio-patelar. As primeiras cirurgias articulares no cão foram descritas por Person (1986); Person (1987); Bardet, (1997) e Puymonn e Knechtl, (1997). A intervenção requer anestesia geral e técnica asséptica (Van Ryssen e Van Bree, 1998, Sams, 2000) e tem sido usada para diagnóstico de osteocondrose das articulações escápulo-umeral, fêmoro-tíbio-patelar e úmero-rádio-ulnar. É útil no diagnóstico de lesões de cartilagem, menisco e condições inflamatórias não diagnosticadas clinicamente como tendinite, sinovite e fragmentação do processo coronóide. Existem algumas limitações para o emprego da artroscopia na prática veterinária. O fator inicial é o custo do equipamento seguido pela necessidade de treinamento intensivo e assistente capacitado (Von Ryssen e Van Bree, 1998).

FONTE: www.scielo.br

sábado, 24 de março de 2007

Artrologia -Introdução




Artrologia é o estudo das articulações.

Articulações: Os ossos entram em contato uns com os outros através de articulações, sendo que algumas se destinam a promover uma união firme, enquanto outras permitem ampla movimentação. Assim, alem das diferenças observadas no desenvolvimento, existe enorme variação quanto a estrutura das articulações, o que dificulta a sua classificação. Revisões periódicas da terminologia levam a definição de novas categorias, enquanto outras já existentes recebem novas denominações, de modo que atualmente existe uma grande confusão, com inúmeros termos surpérfluos. O sistema oficial atual reconhece três classes principais de articulações, a saber: as articulações fibrosas,em que os ossos são unidos por tecido conjuntivo denso; as articulações cartilaginosas, em que a união dos ossos se da através de cartilagens; e as articulações sinoviais , em que uma cavidade preenchida por liquido se interpõe entre os ossos. É óbvio que a grande maioria das articulações da primeira e da segunda categorias será relativamente imóvel ou mesmo rígida; estas classes eram antigamente conhecidas como sinatroses. As articulações da terceira categoria, ao contrario, movem -se livremente em sua grande maioria ; elas eram conhecidas como diartroses. Ambos os termos embora obsoletos, podem ser encontrados .

Articulações fibrosas: A maioria das articulações fibrosas é encontrada no crânio e conhecida como suturas. As estreitas faixas de tecido fibroso que delimitam e unem as margens ósseas representam um resquício de membrana outrora continua nas quais se formavam os centros de ossificação. As suturas desempenham um importante papel no animal jovem, permitindo o crescimento do crânio através da extensão das margens ósseas, enquanto a proliferação da membrana continua. As suturas são gradualmente eliminadas conforme a ossificação atinge após ter cessado a fase de crescimento. Este é um processo lento e sem uniformidade, que não esta completo mesmo em indivíduos idosos, Esta modificação gradual das suturas é utilizada em estudos antropológicos e em medicina forense como uma indicação- embora não muito precisa- da idade do individuo. Embora não exista possibilidade de movimento entre os ossos do crânio adulto, as amplas suturas do crânio fetal permitem um determinado grau de deformação passiva durante o nascimento de algumas espécies, inclusive de seres humanos.
As demais articulações fibrosas são conhecidas como sindesmoses. Neste tipo de articulação, as duas faces ósseas em contato são unidas por ligamentos de tecido conjuntivo. Em algumas sindesmoses, existem áreas relativamente amplas unidas por ligamentos curtos, e a movimentação é bastante limitada; exemplos deste tipo são as articulações entre os ossos do meta carpo do cavalo . Em outras , o ligamento são mais longos e as adesões mais estreitas , permitindo uma certa movimentação ; um, exemplo é a articulação entre os eixos do radio e da ulna no antebraço do cão.
A união dos dentes ao osso que contem os alvéolos pode ser classificada como articulações fibrosas, conhecida como gonfose.

Articulações Cartilaginosas
A maioria das articulações cartilaginosas é conhecida como sincondroses. Compreendem as articulações entre as epífises e diáfises de ossos longos jovens e as articulações correspondentes da base do crânio. Grande parte é temporária e desaparece com a interrupção do crescimento , quando a cartilagem é substituída por tecido ósseo. As poucas sincondroses permanentes compreendem a articulação entre o crânio e o aparelho hióide, que permite uma serie de movimentos em algumas espécies.
Nas sinfises, mais complexas , os ossos são divididos por uma sucessão de tecidos; em geral , existe uma cartilagem revestindo os ossos, e o centro é formado por tecido fibrocartilaginoso ou fibroso. Este tipo compreende as articulações entre as metades simétricas da mandíbula e da cintura pélvica, alem das articulações entre os corpos vertebrais sucessivos. Cada uma destas articulações apresenta características próprias , variáveis, que serão discutidas posteriormente.

Articulações sinoviais
Estrtura
Nas articulações sinoviais , os ossos são separados por um espaço preenchido por líquido, a cavidade articular. Os limites do espaço são completados por um delicado tecido conjuntivo, a membrana sinovial. Esta une-se a periferica das superficies articulares, que sao revestidas por finas camadas de cartilagem. Não existem outras características especiais. Na maioria das articulaçoes sinoviais, no entanto, a membrana sinovial é reforçada externamente por uma capsula fibrosa, enquanto cordões fibrosos(ligamento) adicionais sao estrategicamente dispostos para unir os ossos e limitar os movimentos a direção e ao grau exigidos. Cada um deste componentes sera descrito em detalhes- necessarios, pois ha uma grande prevalencia de lesões e processos patológicos articulares em animais domesnticos.
A superficie articular é revestida por cartilagem articular, geralmente do tipo hialino, embora em alguns locais possa encontrar-se fibrocartilagem ou mesmo tecido fibroso denso. A cartilagem tem cerca de um milímitro de espessura nas articulações do cão, podendo chegar a varios milimetros em articulações bovinas e equinas.
A cartilagem acentua a curvatura do osso que recobre, sendo mais espessa no centro das superficies convexas e na periferia das superfícies côncavas. É de material maleável de aparência vítrea translucida; em animais jovens, tem uma coloração rósea ou azulada, tornando-se amarelada com a idade, o que indica perda de elasticidade.
A superficie é lisa ao toque e a olho nu, mas percebem-se rugorosidades quando observada ao microscópio.
A cartilagem tem uma estrutura complexa na qual as finas fibras da matriz são dispostas em arcos, cujos vértices dirigem-se para superfície. Uma vez que o rompimento da cartilagem, comum em doenças articulares, tende a seguir a direção das fibras, as lesões superficiais levam a formação de fraguimentos rompidos tangencialmente, enquanto as lesões mais profundas ocasionam rupturas mais ou menos verticais.
A cartilagem articular não é inervada nem irrigada. A insensibilidade explica por que as lesões articulares podem evoluir antes que o paciente as perceba. As necessidades nutritivas e de oxigênio são supridas a partir da difusão de três fontes: o liquido na cavidade articular, vasos nos tecidos na periferia da cartilagem e vasos nos espaços medulares subjacentes. A difusão é facilitada pela porosidade da matriz cartilaginosa, que absorve e libera líquidos de acordo com a solicitaçao e a compreensão da cartilagem durante os movimentos da articulaçao.
Algumas grandes cartilagens articulares sao interrompidas por depressões que podem aparecer como ilhas. Estas areas desnudas(fossae nudatae) sao revestidas por um fino tecido conjuntivo que repousa sobre o osso subjacente; elas podem ser interpretadas por leigos como lesões patológicas. Seu significado é discutido, mas a constância de sua manifestaçao, assim como a concidência em ossos opostos em determinadas posições da articulação, levou a formulação da hipótese de que possam auxiliar a disseminação da sinóvia.
A membrana sinovial, que completa o revestimento da articulação, é uma camada brilhante de tecido conjuntivo de cor rosada.
Pode estar totalmete livre , pode repousar diretamente sobre a resistente capsula fibrosa externa ou pode estar separada desta pela interposição de coxins de gordura; estes três tipos de arranjos podem coexistir em locais diferentes de uma mesma articulação. A membrana pode formar saculaçoes onde nao esta apoiada e estes diverticulos podem ser bastante grandes, um ponto de grande importância, uma vez que explica como as articulaçoes podem ser atingidas por lesoes aparentementes distantes . A superfície interna da membrana apresenta diversas projeções de tamanhos variáveis, o que permite um aumento da area superficial. Ao contrário das membranas mucosas a membrana sinovial nao apresenta um revestimento celular uniforme; as partes mais celulares, limitadas a regiões protegidas, são resposaveis pela produçao do componente lubrificante( aminoglicanso) da sinóvia. Os outros componentes são derivados do plasma. A membrana é irrigada e inervada.
A sinóvia, o líquido existente na cavidade, recebe esta denominaçao pela semelhança, que aparesenta com a clara de ovo. É um liquido viscoso, limpido, cuja coloração varia de amarelo-palido a um marrom medio. Diz-se que ocorre geralmente em pequenas quantidades, podendo, porem, ser bastante abundante em grandes articulações; 20 a 40 ml podem ser aspirados das articulaçoes dos membros bovinos e equinos. A quantidade é maior em animais nao - confinados.
A sinovia tem funções nutritivas e lubrificantes . O modo como exerce a açao lubrificante é discutido, mas certamente é bastante eficiente, sendo que a grande fricção exercida praticamnete nao acarreta desgaste algum em articulações normais. O liquido ajuda a nutrir a cartilagem articular e, provavelmente, tambem a camada superficial da propria membrana sinovial.
A membrana fibrosa externa em geral completa a capsula . Ela se fixa as margens das superficies articulares e apresenta espessamentos localizados, que sao conhecidos individualmente como ligamentos, quando bem dsesenvolvidos . Alguns, como o ligamento cruzado do joelho parecem penetrar na cavidade articular, unindo um osso ao outro. Tais ligamentos sao algunas vezes denominados de intracapsulares, para distringui-los da maioria, em posições extracapsulares; na verdade, eles correm externamente a cavidade, estando recobertos por uma membrana sinovial. A membrana fibrosa e os ligamentos sao dotados de terminações nervosas proprioceptivas, que registram a posiçao e o grau de alteração de posição da articulaçao; outros receptores registram a dor.
Algumas articulaçõespossuem discos e meniscos , que sao verdadeiramente intracapsulares. Um disco, tal como tal como observado na articulaçao temporomandibular entre a mandíbula e o crânio, funde-se com a membrana sinovial que o envolve, dividindo assim a cavidade em compartimentos supeior e inferior. Meniscos pareados, que são semilunares como o nome sugere, são encontrados na articulação do joelho. Ligam -se somente por suas bordas convexas, dividindo assim a cavidade de forma incompleta.
Ambas as estruturas são compostas de cartilagem hialina, fibrocartilagem e tecido fibroso em porções que variam como o local, a espécie e a idade. Os meniscos e discos permitem a congruência de superfícies articulares incompatíveis, mas isto dificilmente justifica a sua existência, uma vez que a congruência é obtida de maneira mais sinples em outras articulações. A alternativa mais provável considera estas estruturas como um meio de decompor movimnetos complexos em componetes mais simples do que aqueles aos quais os diferentes níveis da articulação são submetidos. Assim, na articulação temporomandibular, o movimento de dobradiça de abertura da boca ocorre no nível mais baixo (entre o disco e a mandibula), enquanto os movimentos de translação(protusão, retração ou deslizamento da mandíbula para os lados) ocorrem no nível superior (entre o disco e o crânio).
Um lábio articular é uma porção fibrocartilaginosa encntrada em trono da circuferência de superfícies articulares côncavas, inclusive no acetábulo ( a porção escavada da articulação da coxa) . Este lábio serve para estender e aprofundar a superfície articular, aumentando a área de solicitação e distribuindo a sinóvia.
Uma vez que o lábio é passível de deformação, permite que a superfície se adapte a disparidades na curvatura do osso com a qual entra em contato.
Coxins sinoviais :são formados em locais onde há inclusão de massas de gordura entre as membranas sinovial e fibrosa da cápsula articular. Algumas vezes, eles são interpretados como expansões que distribuem a sinóvia sobre a superfície, mas a sua principal finalidade é a de permitir que a membrana sinovial se acomode em relação á forma da porção óssea com a qual se encontra em contato.

Fonte: Tratado de Anatomia Veterinária

Articulaçoes -Imagens

Articulação Escapular (Cão)
Atriculação do cotovelo (cão)

Articulação Coxo -Femural (Cão)


Articulação do joelho (cão)

Fonte: www.ortovet.com.br

segunda-feira, 12 de março de 2007

Este blog é um trabalho da matéria de ciências morfológicas, do professor Cláudio Yudi, do curso de medicina veterinária da Universidade de Uberaba .
Este pertence as alunas Cassia Costa de Moura e Patrícia Silva Paltanin do 1º período, cujo o assunto é Artrologia.