VOCÊ SABIA ?!
A artroscopia é o exame visual de uma articulação empregando-se uma pequena fibra ótica, o artroscópio. Líquido é injetado na articulação para distendê-la e permitir a visibilização das estruturas. A intervenção é vista no monitor, permitindo assim a observação .
A primeira tentativa de observação endoscópica de uma articulação foi feita em 1918 por Takagi (Takagi, 1933). Outros estudos foram realizados (Bircher, 1922; Burman et al, 1934; Watanabe et al 1979). O aperfeiçoamento dos aparelhos e fabricação de fibras óticas de pequeno calibre possibilitaram a artroscopia em cães (Knezevic e Wruhs, 1977; Siemering, 1978).
A artroscopia promove maior área de visibilização, iluminação e aumento das estruturas (Sams, 2000), permitindo visão detalhada da articulação, com trauma tecidual mínimo, mínima morbidade e informações que não podem ser obtidas com os exames clínicos e radiográficos mais comumente empregados em veterinária (Siemering, 1978; Kiwumbi e Bennett, 1981; Person, 1985; Van Ryssen e Von Bree, 1998). A recuperação do paciente é mais rápida, tem-se menor cicatriz e melhor efeito cosmético, é possível o procedimento bilateral e permite o diagnóstico precoce de processos articulares degenerativos (Person, 1989; Van Ryssen et al, 1993; Van Ryssen e Van Bree; 1998 Sams; 2000).
A artroscopia no cão foi relatada no fim da década de 70 (Siemering, 1978). Seguiram-se outros trabalhos (Kiwumbi e Bennett, 1981; Siemering e Eilert, 1986; Person, 1986; Goring, 1987; Person, 1989; Van Gestel, 1985a; Viguier, 1992; Sams, 2000; Melo et al., 2003; Arias et al., 2003), com aprimoramento da técnica e avaliação de outras articulações além da fêmoro-tibio-patelar. As primeiras cirurgias articulares no cão foram descritas por Person (1986); Person (1987); Bardet, (1997) e Puymonn e Knechtl, (1997). A intervenção requer anestesia geral e técnica asséptica (Van Ryssen e Van Bree, 1998, Sams, 2000) e tem sido usada para diagnóstico de osteocondrose das articulações escápulo-umeral, fêmoro-tíbio-patelar e úmero-rádio-ulnar. É útil no diagnóstico de lesões de cartilagem, menisco e condições inflamatórias não diagnosticadas clinicamente como tendinite, sinovite e fragmentação do processo coronóide. Existem algumas limitações para o emprego da artroscopia na prática veterinária. O fator inicial é o custo do equipamento seguido pela necessidade de treinamento intensivo e assistente capacitado (Von Ryssen e Van Bree, 1998).
FONTE: www.scielo.br
terça-feira, 17 de abril de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário